Não me venha com esse papo
De ética e de honradez
Se você fez o que fez
E vive mesmo é de assalto
Fingindo o tal recato
Enganando a cada vez
Burguês lesando burguês
Com julgamentos sacanas
Habeas corpus pros bacanas
Banana ao povo freguês
George Alberto
quinta-feira, 23 de abril de 2015
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Adauto Ferreira por Normando Vasconcelos
Quem conta a estória é Normando (1):
"Adauto, poeta e marceneiro, consertou a viola de Zé de Dona, também poeta. O serviço foi 40 contos. Zé deu 20 e ficou de dar outros 20 com 30 dias. E não apareceu mais. Tempos depois, encontram-se os dois numa cantoria. É quando Adauto faz o verso:
Zé de Dona se achava precisado
Que eu fizesse um conserto na viola
Gastei lixa, verniz, madeira e cola
E depois do serviço terminado
Me deu vinte e deixou vinte fiado
Que tratou de pagar no outro mês
Passa um, passa dois e passa três
Zé mais nunca me deu nenhum tostão
Eu não digo que Zé seja ladrão
Mas quem rouba só faz como Zé fez."
Referência:
1. Vasconcelos, Normando. Cantiga de Viola. Arte*Digital & Século OM. Maceió, Alagoas, 1996, p. 273:
"Adauto, poeta e marceneiro, consertou a viola de Zé de Dona, também poeta. O serviço foi 40 contos. Zé deu 20 e ficou de dar outros 20 com 30 dias. E não apareceu mais. Tempos depois, encontram-se os dois numa cantoria. É quando Adauto faz o verso:
Zé de Dona se achava precisado
Que eu fizesse um conserto na viola
Gastei lixa, verniz, madeira e cola
E depois do serviço terminado
Me deu vinte e deixou vinte fiado
Que tratou de pagar no outro mês
Passa um, passa dois e passa três
Zé mais nunca me deu nenhum tostão
Eu não digo que Zé seja ladrão
Mas quem rouba só faz como Zé fez."
Referência:
1. Vasconcelos, Normando. Cantiga de Viola. Arte*Digital & Século OM. Maceió, Alagoas, 1996, p. 273:
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Às ruas! Remem!
Senhoras, Senhores, Mestres, Doutores,
Pensando no destino do país,
Saiamos nós, os honrados civis,
Às ruas em passeatas mais flores,
Lésbicas, gays, héteros amores
Implorar que voltem os militares
Mais nos tomem bancos biliardários
E a alta plutocracia paulista
Valha-nos santa sanha privatista
Subam juros, terceirizem salários
Fim dos concursos, chamem salafrários
E se ainda pudermos exigir
Aos Agripinos, Cunhas extinguir
Essa raia miúda de operários.
Plim! Plim!
George Alberto de Aguiar Coelho
Pensando no destino do país,
Saiamos nós, os honrados civis,
Às ruas em passeatas mais flores,
Lésbicas, gays, héteros amores
Implorar que voltem os militares
Mais nos tomem bancos biliardários
E a alta plutocracia paulista
Valha-nos santa sanha privatista
Subam juros, terceirizem salários
Fim dos concursos, chamem salafrários
E se ainda pudermos exigir
Aos Agripinos, Cunhas extinguir
Essa raia miúda de operários.
Plim! Plim!
George Alberto de Aguiar Coelho
domingo, 12 de abril de 2015
Mundo zapeado
Tou correndo. Tenho pressa.
Pressa... nem sei por quê
Levantar, comer, correr
É tudo que me interessa
Num clima de fim de festa
E a gente sem entender
Por quê? Por quê? Por quê?
Nem pensar em boa sesta
Pois o tal de Whatsapp
Tira todo meu lazer