sábado, 12 de julho de 2014

Não têm culpa.

Os jogadores do Brasil nâo têm culpa. O futebol nosso sucumbiu a uma CBF extremamente corrupta, imexível nos postos com uma figura sinistra na Presidência do órgão máximo futebolístico, esse tal de Marin, que se sustenta em federações estaduais de futebol igualmente corruptas espalhadas por todo o Brasil. Entidades que servem mesmo é pra sustentar redes de TVs e patrocinadores que estão se lixando pro futebol brasileiro, porque querem mesmo é só faturar. 

Futuros craques brasileiros não desenvolvem mais suas criatividades, as deles, em campos de várzea, que os campos de várzea se acabaram todos, donde surgiam nos campos de várzea os Garrinchas e Pelés. O futebol de salão, criação brasileira, como criação brasileira é o spray usado hoje por Juízes, anda esquecido, futebol de salão que criou os Zicos, Romários, Adílios, Júniors e Ronaldos. 

Enquanto estão por aqui, os craques que prometem, são submetidos a treinamentos burros e rígidos de treinadores sargentões, como esses que temos agora nessa tal de comissão técnica de merrecas, pra não usar de mer... A criatividade foi pro brejo, diante dos esquemas rigidamente burros, idiotizados nas lousas brancas, que não são de aula, são lousas brancas de toupeiras futebolísticas. E os jogadores chamam essas figuras de o Professor aqui, o Professor ali. Ora, ora bolas. Professor?

O Resultado, atacantes como o Hulk que não dominam o poder do chute que têm, aliás a pouca de suas virtudes futebolísticas, porque não dominam os fundamentos básicos do futebol e talvez nunca tenham treinado em chutar bola em parede, como se fazia menino incansavelmente com aquela bola de borracha vermelha que ardia nos peitos quando se encaixava bola como goleiro. Hoje dificil é ver goleiro encaixando bola. Nada de desenvolver a habilidade com os dois pés, ter o conhecimento do poder deles pés, de suas manhas, de seus dribles, da forma de chutar de bandola, de folha seca, de bicudo, de peito de pé, do traço de arrodeio, por baixo das pernas, do banho de cuia., do cabeceio de olhos bem abertos... 

Pra escapar e fazer fortuna, os meninos que têm futuro se mandam cedo pra Europa ainda meninos e vão copiar esquemas da velha e dura tática inglesa que, desde 1966 com Boby Charlton, não apresenta resultado mais interessante. Esquecem a arte em prol da disciplina. Não ficam bons em nenhuma coisa, nen na outra. Falta de planejamento, cartolas bandidos, meliantes do jogo do bicho associados no futebol. Imprensa futebolística, conivente com a mediocridade e com o uso dos principais atletas em campanhas furadas de marketing, arrotando refrigerante, merchandising mentiroso, esquecendo o principal pra que são pagos eles, que é jogar bola. 

Contudo, não se pode culpar o futebol. Vimos durante esta bela Copa do Mundo, vimos pelo menos duas seleções de alta qualidade, Alemanha e Holanda, sobretudo a primeira. Vimos craques excepcionais como Neymar, Robben, Van Persie, Schweisteigen, Müller, Klose, James Rodriguez, Neuer, Cristiano Ronaldo, Suarez, Di Maria e o extraordinário, acima de todos os outros, Messi. Assisti toda a Copa e, apesar da decepção, com o time de que eu não acreditava, é verdade, nem chegar nas quartas de finais que era o time do Brasil, foi uma grande Copa do Mundo. 

Mas o quarto lugar foi demais para uma seleção mediocre, de uma comissão técnica medíocre e jogadores com futebol medíocre. O futebol brasileiro deve virar a página, mas é dificil fazê-lo com as estruturas podres que suportam o que aí está, dirigido por cartolas que gostam mesmo é da mufunfa , das negociatas nos debaixos dos panos e de tomar wisky em camarote. Aliás camarotes que, para o bem do futebol, deveriam, como os cartolas, também serem extintos dos estádios.

George.

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