terça-feira, 8 de agosto de 2017

Confissão dum ovo baiano

Eu queria ser pintinho
E ter uma mãe galinha.
Nascer bem amarelinho
Amarelo da geminha.

Mas nasci ovo de pata,
Que nem pude conhecer
E que vida mais ingrata,
Onde foi que fui bater?

Na testa dum tucanado.
Cruz, credo! Mas que destino!
Virei feio ensopado,
Mais um janota mufino.

Aviso pro bode louro:
Na próxima vida mundana,
Vindo de pata, de novo,
Acabo com Doriana.

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