Com o tempo, o bode vai se dando mal com a pastagem cara, pensão alimentícia, brigas ferinas e vai ficando maneiro.
Passa a ver na vindoura, a possibilidade de se ferrar com o novo ente, que antes só era objeto de desejo; passa até a procurar entender mais de psicologia, psiquiatria do que mesmo de putaria.
Já na velhice, quando a sua carcaça está próxima a alimentar o húmus da terra, já vê também a mulher como se está tivesse uma pele de vidro, vê os sistemas circulatórios, digestivo, intestinal, excretor, o escambau da anatomia humana.
Com tudo isto, é de se compreender que, malgrado essas experiências acumulativas, a perda do tesão no velho não decorre unicamente da decadência física do seu corpo.
Ainda assim, admito que há muitos bodes velhos por aí que ainda se imaginam fogosos pais-de-chiqueiro.