sábado, 16 de fevereiro de 2013

O protesto do rato


O narrador:

Chamaram o prefeito de rato

E ele não se importou

Chamaram o rato de prefeito

E ele se enforcou.

Os descendentes do rato

Aprenderam a lição

Protestam se estão sujeitos

À injusta comparação

E vão bater na telinha

Pra exigir retratação.


O rato:

Eu não sou problema não,

Que eu vivo de muito pouco

Um queijinho parmesão,

Um pão, um resto de sopa.

Se é assim desse jeito,

Exijo reparação

Não me comparem a prefeitos

Dos que roem a verba pública

Senadores ou sujeitos

Que enxovalham a república.


George Alberto de Aguiar Coelho

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