Primeiro, porque o voto foi secreto; ninguém sabe, por inteiro, quem votou em quem; tanto é
assim que os votos, no hoje execrado senador Renan Calheiros, ultrapassaram em muito as previsões. Houve negociatas às pampas pra ocupação dos cargos do Senado,
secretarias etc. E os tucanos estavam também lá na fuzarca, sem que os seus tuxauas nada obstassem.
Segundo, porque, tirante uns senadores como Randolfo Rodrigues (PSOL), Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE), Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB) e o outro candidato Pedro Taques (PDT-MT); sem falar dos
quatro senadores do PSB, liderados pelo governador de Pernambuco, que juram ter votado contra o Renan e só um consta na tal lista. Pois bem, pro restante das Excelências, se não esqueço alguém mais, sobra duvidas pra caramba de como votaram e quais foram seus
reais interesses, que pouco senador ali merece confiança de
dizer que votou, não por interesse próprio, mas pra moralização da casa.
Terceiro, porque essa turma do PSDB, que quer dar uma de santo no pardieiro,
santo do pau-oco, pelos números da votação, furou feio votando, eles mesmos, no
Renan Calheiros, com a conivência, como já disse, dos caciques do partido que podiam facilmente ter dado
um breque na festança, não fosse seus próprios interesses e conveniências.
Quarto, porque um dos que
estão na lista, Flexa Ribeiro, do PSDB, vai ser o prefeito do Senado com um orçamento estratosférico de R$ 3,5 bi com direito a um escambau de grana e coisas pra gerir. A prefeitura
do Senado, cargo que caiu no colo tucano, por acordos de bastidores com Sarney e Renan, trará ao senador tucano e portanto ao seu partido, segundo artigo da revista Veja:
"... em suas mãos passarão decisões sobre orçamento, uso de apartamentos funcionais, nomeações e demissões de servidores e deliberações sobre as vultosas licitações."
Diga-se, por outro lado, por uma questão mínima de coerência, que se o Senador do PMDB Renan não devesse ocupar a cabeça do Senado, e até se pede o seu impeachment, pela razão de ser investigado pelo MPF e com processo no STF, por iguais razões, também não poderia ocupar o cargo de Prefeito de um orçamento de R$ 3,5 bi o Senador Flexa Ribeiro (PSDB), e também deveria se pedir o mesmo impeachment do senador tucano, pois está cercado de denúncias, como se pode deduzir do excerto de reportagem da mesma revista Veja que transcrevo:
"Flexa Ribeiro responde a processo no STF por suspeitas de que a empreiteira Engeplan, que pertenceu ao parlamentar e era contratada do governo do Pará, tenha bancado ilegalmente a campanha de candidatos do PSDB nas eleições de 2002. O processo está nas mãos do ministro Celso de Mello, decano da corte. A notícia-crime que serve de base para o inquérito em tramitação no tribunal aponta que a Polícia Federal chegou a recolher na Engeplan 20.000 cestas básicas que seriam utilizadas para a compra de votos. O documento registra ainda que contratos da empreiteira com o governo do Pará serviriam para desviar recursos públicos... Fortes indícios apontam para comprovar que a empresa seria usada para desviar recursos públicos, com a lavagem de recursos em benefícios de candidatos”, diz trecho da notícia-crime. Também contra Flexa Ribeiro, agora o “prefeito” do Senado, pesam acusações de ter utilizado recursos da verba indenizatória para pagar aluguel à mesma construtora Engeplan. Oficialmente, o senador deixou o comando da empreiteira em 2004, mas ainda detém 7,7 milhões de reais em "crédito decorrente de alienação" da empresa, conforme sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Flexa Ribeiro ainda respondeu a outro processo do STF por fraudes em licitação. Ele chegou a ser preso em 2004 pela Polícia Federal durante a Operação Pororoca sob a acusação de integrar uma quadrilha que fraudava licitações para obras públicas no estado do Amapá. O caso, no entanto, foi arquivado no Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de provas."
"... em suas mãos passarão decisões sobre orçamento, uso de apartamentos funcionais, nomeações e demissões de servidores e deliberações sobre as vultosas licitações."
Diga-se, por outro lado, por uma questão mínima de coerência, que se o Senador do PMDB Renan não devesse ocupar a cabeça do Senado, e até se pede o seu impeachment, pela razão de ser investigado pelo MPF e com processo no STF, por iguais razões, também não poderia ocupar o cargo de Prefeito de um orçamento de R$ 3,5 bi o Senador Flexa Ribeiro (PSDB), e também deveria se pedir o mesmo impeachment do senador tucano, pois está cercado de denúncias, como se pode deduzir do excerto de reportagem da mesma revista Veja que transcrevo:
"Flexa Ribeiro responde a processo no STF por suspeitas de que a empreiteira Engeplan, que pertenceu ao parlamentar e era contratada do governo do Pará, tenha bancado ilegalmente a campanha de candidatos do PSDB nas eleições de 2002. O processo está nas mãos do ministro Celso de Mello, decano da corte. A notícia-crime que serve de base para o inquérito em tramitação no tribunal aponta que a Polícia Federal chegou a recolher na Engeplan 20.000 cestas básicas que seriam utilizadas para a compra de votos. O documento registra ainda que contratos da empreiteira com o governo do Pará serviriam para desviar recursos públicos... Fortes indícios apontam para comprovar que a empresa seria usada para desviar recursos públicos, com a lavagem de recursos em benefícios de candidatos”, diz trecho da notícia-crime. Também contra Flexa Ribeiro, agora o “prefeito” do Senado, pesam acusações de ter utilizado recursos da verba indenizatória para pagar aluguel à mesma construtora Engeplan. Oficialmente, o senador deixou o comando da empreiteira em 2004, mas ainda detém 7,7 milhões de reais em "crédito decorrente de alienação" da empresa, conforme sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Flexa Ribeiro ainda respondeu a outro processo do STF por fraudes em licitação. Ele chegou a ser preso em 2004 pela Polícia Federal durante a Operação Pororoca sob a acusação de integrar uma quadrilha que fraudava licitações para obras públicas no estado do Amapá. O caso, no entanto, foi arquivado no Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de provas."
Quinto, porque no sistema político brasileiro, seja qual for o
partido que tenha como filiado o chefe do executivo, este está atado de nó cego ao legislativo. Hoje, o
legislativo (câmara federal e senado) está dominado pelo PMDB, que sempre se
prestou a esse papel, como também o fez o antigo PFL, que eles são políticos profissionais de vera da política da Oração de São Francisco: "é dando que se recebe". O partido
que quiser chegar ao poder têm de pedir a benção ao PMDB. Essa forma de atuar dos políticos brasileiros, não é de hoje,
vem de longe, muito longe. No governo do tucano FHC, por exemplo, tomou-se a benção ao
PFL do Toninho Malvadeza (ACM) pra fazer a privataria etc. ACM, "não mais que de repente", tornou-se Toninho Ternura, pra depois renunciar por suspeita de violação ao painel de votos. E
não me será surpresa se amanhã o PMDB roer a aliança de pretensos interesses com o
PT e se bandear pro lado tucano. Renan então se tornará Renan Ternura.
Notas:
1. Tirante minha opinião, os excertos que publiquei acima não são meus, não. São, sim, de uma revista que os tucanos, via de regra, tomam como o supra-sumo da verdade: a revista Veja.
2. Votei na internet pelo impeachment do presidente do senado, que é do PMDB. Quero votar também, e pelas mesmas razões, no impeachment do prefeito do senado, que é do PSDB. Quede a lista, gente boa?
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/prefeito-do-senado-enfrenta-processo-no-stf
Notas:
1. Tirante minha opinião, os excertos que publiquei acima não são meus, não. São, sim, de uma revista que os tucanos, via de regra, tomam como o supra-sumo da verdade: a revista Veja.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/prefeito-do-senado-enfrenta-processo-no-stf
George Alberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário