quinta-feira, 14 de março de 2013

Batalha do Jenipapo

Por que pouco se fala da Batalha do Genipapo? Deu-se em 13 de março de 1823 e selou a integridade territorial da independência do Brasil diante Portugal. Quem vai de Fortaleza para Teresina, na altura da cidade de Campo Maior, tem um monumento que relembra a Batalha. Nas cercanias do lugar, tropas do Ceará e Piauí se aliaram pro combate ao valoroso militar português Fidié que, naquelas alturas, já proclamada como estava a independência do Brasil do Ceará pra baixo, ainda defendia, armado até os dentes, a submissão a Portugal. Fidié ganhou pelas armas que tinha, comparado apenas a facas, foices e cacetes dos adversários mas, com o exército depauperado pela luta, foi logo depois cercado e rendido em Caxias-Ma. E é assim que o Brasil deve, em parte, a sua banda norte, do Piauí pra cima, a esses esquecidos guerreiros nordestinos, dentre os quais se destaca o líder cearense Tristão de Araripe, filho de Dona Bárbara de Alencar, que participou depois da Confederação do Equador, sendo Tristão o presidente do Ceará no movimento libertário. E se foi D. Pedro I que deu o grito de liberdade do rio Ipiranga em 7 de setembro de 1822, sem nenhuma resistência portuguesa, foi no 22 de janeiro de 1823, que um certo Leonardo Carvalho Castelo Branco, vindo de volta do Ceará, toma o povoado de Piracuruca e, em frente, à centenária Igreja Matriz profere a declaração de independência pra gente do Norte. 


George Alberto de Aguiar Coelho

Fonte:
http://www.piracuruca.com/menu_texto.asp?codigo=81

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