Páscoa! É, amigo, não se surpreenda caso algum impulso o tenha levado à mente apenas imagens de ovos de chocolate, vinhos ou coelhinhos. Coisa semelhante acontece também no Natal quando a figura de Papai Noel, os pinheiros e os presentes se sobrepõem ao nascimento do homenageado, de ambas as datas, pelos cristãos: Jesus.
Do grego "paskha", ou do hebreu
"pessach", ou do latim "pache", o fato é que a palavra
páscoa significa "passagem". Para os gregos, passagem do inverno para
a primavera. Para os judeus, passagem da escravidão para a liberdade. Para os
cristãos, passagem da terra para os céus do corpo e espírito de Cristo.
Páscoa é, portanto, mudança, transformação,
renascimento, recomeço, libertação, esperança...
Se para os gregos a festa pagã comemora a chegada da
primavera e com ela os alimentos indispensáveis à sobrevivência; se para os
judeus lembra a libertação dos hebreus do cativeiro egípcio conduzidos por
Moisés pelo deserto de Sinai e Mar Vermelho; se para os cristãos, a ascensão,
do sepulcro para os céus, do corpo e espírito do Salvador; o certo é que a
páscoa traz sempre expectativas de mudanças do pior para o melhor; das trevas
para a luz; da morte para a vida.
Quanto aos símbolos da festa maior da cristandade,
objetos dos fortes apelos promocionais de vendas, nada mais natural do que
consumi-los nesse período, mas pouco custa lembrar que o ovo expressa o
nascimento; o coelhinho, a fertilidade, a continuação da vida; o vinho
simboliza o corpo e sangue de Jesus Cristo celebrando a existência eterna
diante da vida terrena, esta última também apenas uma passagem.
Boa
Páscoa!
George Alberto de Aguiar Coelho
George Alberto de Aguiar Coelho
Publicado
no informativo I-Decop – BC de 20.3.2008
Desenho: Sandra Coelho
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