Bolsonaro dizia que, se o voto fosse eletrônico, sem o papel de confirmação, ele perderia a eleição porque haveria fraude. Acabou ganhando e confirmado para o cargo, com eleição eletônica, sem nenhum papel de voto impresso e, no final, sem reclamar do resultado do pleito que o favoreceu.
Por um acaso, ontem, 11 de maio, passava na Rodoviária do Tietê, em São Paulo e, curioso que sou, não perdi a viagem e aproveitei pra assisti ao sorteio da Mega Sena de quase R$ 300.000.000,00, record no valor. Como disse, as bolotas de 60 gramas cada giraram sôfregas e esvoaçantes no posto da Rodoviária do Tietê da cidade de São Paulo, uma delas caída sob o meu comando dedal.
A ocasião deu direito à presença do presidente da CEF que, jovial e sorridente, apertou a mão e conversou com todos que estavam ali, inclusive comigo. Sujeito simpático, amigo do Guedes e expert em privatizações. Bom, mas o que me interessava não era conversar ou apertar a mão oferecida pelo presidente da CEF, meu interesse era nos R$ 300.000.000,00, que não ganhei, mas que foi ganho sozinho por um sujeito que jogou no canal eletrônico da CEF.
Canal eletrônico da CEF? Peraí! Se o Bolsonaro não acreditava nas urnas sem papelzinho de voto impresso, até que estas, finalmente, lhe confirmassem no cargo de Presidente, sem o papelzinho do voto, por que, então, eu deveria confiar numa aposta eletrônica feita pela internet, sem loja física e sem papelzinho confirmando a aposta? Sei lá, fiquei com a pulga atrás da orelha. Ainda mais porque leio agora a notícia de que a Caixa Econômica Federal, sob a gestão do presidente que apertou minha mão e conversou comigo, privatizará vários de seus serviços, incluído no Passa a Régua, as loterias.
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