Poligonal do Cocó: vetor resultante dos vais-e-vens inúmeros de todos os vetores partícipes do Cocó. Não só daqueles radicalmente contrários aos viadutos, tijolos, cimentos e de quaisquer outras intervenções na área, sejam os sérios, sejam os politicamente interesseiros, sejam os imaturos, maduros ou podres, os gongóricos, os demagógicos, as denúncias plenas ou vazias, densas, cínicas ou raivosas; as crises orgásticas de poder e da defesa do direito da minhoca. Mas também de outros vetores de posições mornas ou aporrinhadamente realistas que, de tanta realidade crua, o mundo não aguenta mais a ousada utopia facilmente capturável na veia pelo usurpador político ocasional travestido de boa gente.
O fato é que depois de muitas invasões da área verde demarcando indelevelmente, na marra, na grana, no entulho ou no grito, o parque das salinas, dos mangues, dos bem-te-vis, rolinhas e invasores pardais e das também invasoras cajás, castanholas, acácias e leucenas, e mais achincalhes dos áridos projetos fabulosos e despóticos, as fábricas de mais granas, na biqueira do Cocó. Não fora, também as rebeliões de radicais, não fora um governador controverso, mas densamente pragmático, como deve ser todo engenheiro, por dever de ofício, essa resultante, falhada ou não, riscada no imaginário de muitos, aos trancos e barrancos, xingamentos, pedradas, arranca-tocos e arranca-rabos, não sairia das quimeras e boas intenções, tanto as lacônicas, quanto as prolixas, como a presente, de que o inferno, se existisse, e deve existir pra dar continuidade ao malfazejo do viver humano, estaria o inferno insuportavelmente repleto.
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