sábado, 30 de agosto de 2014

Chamada a contribuir na crise

da falta dágua de São Paulo, a classe mais baixa, a da periferia, reduz em dobro o consumo relativamente ao que faz a classe mais rica, a dos Jardins etc. O Brasil é assim, via de regra, socializa as desgraças e privatiza as benesses, nessa ordem: de baixo pra riba da pirâmide social. Quem ousa mexer no arranjo leva cacete da plutocracia sempre vociferante contra a distribuição das famélicas bolsas pra sobrevivência do miúdo. De tal forma que, neste quiproquó eleitoral de mentiras muitas vindas por terra e do ceú, gosto mesmo é da proposta da Luciana Genro: imposto sobre fortunas. Porém duvido que esse e o futuro congresso mercantilista topem a parada. 

Um pouco de civilidade não nos faria mal e é bom lembrar que, quase sempre, as fortunas no Brasil não nascem do trabalho próprio, nem do mérito individual, mas da manipulação da mão de obra da classe média e do povaréu, até há pouco lumpen proletariado. E mais falta de civilidade mal não faria dado o desvio incomensurável de grana de impostos recolhidos para o estado privatizado, ou a sonegação destes impostos pelos donos do poder; a volúpia pecuniária dos juros e serviços da banca; as obras superfaturadas de empreiteiras e mais afanações de ruma de que se perde o rastro. E bota mais  no pacote do engodo do dinheiro essa estória de se montar agronegócio de fio a pavio, ou melhor, da semente ao veneno, usando-se monopólio de empresa só, a dita sequestradora de sementes nativas nem de longe santa.

No ademais, acenar com proposta justa é muito melhor do que ficar sacolejando a proponência presidencial de mãos dadas leva, ou levada, por dona de banco graúdo e representante da desgraçosa sementeadora transgênica.

George

Mote:

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