Até por gostar de fusquinha e pão de queijo, eu gosto do ex-presidente Itamar. O verdadeiro pai do plano real, ao lado do seu Ministro da Fazenda que implantou o plano e depois foi derrubado pelo papo em off porém ouvido pelo escândalo das conversas paralelas nas antenas parabólicas. Ricupero papeou demais, achando que ninguém o escutava, com o jornalista do Bom Dia Brasil. Mas, pelo que me lembro, não foi coisa de ninguém muito se ruborizar, não. E não se deve esquecer doutro personagem que segurou o Real, quando este esteve por soçobrar detonado por especuladores do mercado: Ciro Gomes. Um erro do qual Itamar se arrependeria até a morte foi ter cedido aos apelos do FHC pra assinar as notas do Real. Foi como mandar o filho ser registrado por outro em cartório. O falso pai nunca mais largou o enteado servindo-se dele até hoje, como sua maior realização; assumindo, e não seria a última vez, paternidade por obra alheia.
Leia-se a favor de Itamar Franco o exíguo espaco de tempo que dispunha de governo; as condiçoẽs de saída do governo anterior Fernando Collor, forçadas pelos empresários da Paulista, enciumados com a gangue de Alagoas (PC e Cia), e com suporte de um ridículo Jardim da Dinda e um miserável Fiat Elba. Collor passou depois livre, leve e solto pelo STF de Gilmar Mendes e do justiceiro Batman. Collor que foi o primeiro dos nosso neo-liberais sucedido por Itamar Franco, este quase exatamente o oposto, o homem que resgatou de volta pro estado a CEMIG - companhia de distribuição de eletricidade mineira pŕivatizada pelo tucano Azeredo, até hoje sem julgamento no papel de mensaleiro. Itamar homem que botou de prontidão nas ruas a polícia mineira de armas em punho salvando Furnas da ganância entreguista do bico tucano. O mesmo tucanato que o levou a privatizar a CSN, coisa de que se arrependeu, como o maior dos seus pecados, até a morte.
Presidente assim não pode ser comparado, mesmo que de forma subreptícia quanto ao fazer no curto tempo, a ora pretendente que anda com acionista maior de maior banco como coordenadora, nem com quem aceita pito de Malafaia; seja também porque sua equipe econômica, é a mesma da época da privataria maior: Vale entregue a R$ 2,5 bi. Ou seja, o pré-sal de 500.000 barris por dia de hoje, e "otras cositas más", vai pras cucuias, ou melhor pra cuia de alguém no caso de vitória da dona da Rede. E dizem que tempo curto de 4 anos se conserta com aliados sucessores. O tucanato, levando de roldão Aécio, embora a contragosto, já jogou a toalha. Diz que pra conservar a ruma de aspones e cabos eleitorais no Senado e no atual e próximo governo de Minas. Outros porque a fadinha seria a terceira via tucana, depois de Serra e Aécio. Vá lá, uma troca boa, pra Aécio, dos 4 anos vindouros aos próximos quatro perdidos de agora. Serra a essas alturas já deverá estar muito corocochó, pelo menos deve apostar o Aecim.
"Quem viver, verá. E pra não deixar de rimar. Viva Itamar!"