O riacho Sabonete, ninguém dá nada por ele, não, mas é um ente forte e impetuoso, quando quer e pode. Uma vez, minha mãe, Aldenora, voltando â noite do Piauí pela Expresso de Luxo dos irmãos Joca, encontrou o riacho Sabonete em conluio com a estrada BR 22. Passava grosso de um lado a outro, quando o desinfeliz do motorista resolveu afrontá-lo.
Pois bem, o chaufer, inexperiente no trato de riacho nordestino, pisou na tábua da Expresso de Luxo pra varar o riacho Sabonete, mas a correnteza do danado respostou e entortou o ônibus jogando-o pendurado na ribanceira. Duas mocinhas apavoradas sairam do ônibus e foram arrastadas pelas águas salvando-se enganchadas nas moitas do riacho. Passaram-se horas até que o Sabonete baixasse e os demais passageiros pudessem sair do ônibus.
Que riacho danado esse riacho Sabonete de Forquilha, onde Amilcar e Zé Ivo se banharam!
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