A farmácia Coelho ficava numa esquina da Rua Domingos Olimpio, quando não era avenida, atrás do quartel da Policia Militar. Seu Coelho era um senhor branco, magrinho, meio anêmico, penso eu. Quando chegou de Piracuruca, minha mãe, que já vinha perseguida de lá por ter uma farmácia e a turma da cidade era ver maçom pra não dar vez a estrangeiro... Pois bem, minha mãe, Aldenora, colocou uma farmácia na Rua São Paulo, próximo da Praça José de Alencar, onde existia a Rádio Iracema em que cheguei a assistir programa de auditório repleto com atrações nacionais do rádio comandado pelo Irapuan Lima, acho. Pois bem, o nome da Farmácia de minha mãe, não me lembro, mais. Porém na placa dizia que a farmácia pertencia a Aldenora de Aguiar Coelho. Seu Coelho, descobriu e veio tomar satisfação pelo nome que ele achava ter primazia. Depois, minha mãe fechou a farmácia e foi trabalhar como famacêutica no Daer. Vendia remédio aos servidores num preço bem mais baixo e parcelado com desconto na folha de pagamentos. Sabe o que os compradores dos remédios faziam? Compravam remédios de lá e iam vender ao Seu Coelho. Aprenderam na época do governador Plácido Castelo, que deixou os servidores públicos estaduais com oito meses de atraso.
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