Às vezes penso em
parar de falar de vez por aqui. A gente fala pra quê? Tem alguma utilidade
nisso? Não sei. Mas hoje dei uma lida no livro "Ispinho e fulô" do
Patativa do Assaré e encontrei uma poesia "A derrota de Zé Côco" onde
ele veio com essa:
Seu moço, eu sou
nordestino
Falo que só papagaio,
Eu no tempo de menino
Bibi água de chucaio,
Muntas vez eu
considero
Que mode dizê o que eu
quero
Uma língua só é pôca,
Às vez eu tenho pensado
Que Deus devia ter dado
Duas língua em minha
boca
Fonte:
Ispinho e Fulô -
Patativa do Assaré
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