sábado, 24 de novembro de 2012

Uma língua só, é pouca

Às vezes penso em parar de falar de vez por aqui. A gente fala pra quê? Tem alguma utilidade nisso? Não sei. Mas hoje dei uma lida no livro "Ispinho e fulô" do Patativa do Assaré e encontrei uma poesia "A derrota de Zé Côco" onde ele veio com essa: 

Seu moço, eu sou nordestino
Falo que só papagaio,
Eu no tempo de menino
Bibi água de chucaio,
Muntas vez eu considero
Que mode dizê o que eu quero
Uma língua só é pôca,
Às vez eu tenho pensado
Que Deus devia ter dado
Duas língua em minha boca
 
Fonte:
Ispinho e Fulô - Patativa do Assaré

Nenhum comentário:

Postar um comentário