terça-feira, 1 de abril de 2014

Água de pote de cantareira

Seu Alckmin, a coisa tá feia. Tá faltando água nos potes da periferia. O Senhor acha que tem petralha desviando chuva que vem pro Sum Paulo tudo pros metrôlhas pagarem o pato e não ganharem as inleição? Se tem, é coisa antiga. Não acredita em mim? Então vou postar a Folha que o Senhor gosta dela, né? Reportagem com prêmio Nobel que mora na Amazônia não é coisa que se despreze, não. E a Folha é confiável pro Senhor, amiga da marcha da família e coisa e tal, que hoje, primeiro de abril, tem cinquentenário da redentora. Voltando à notícia. A falta de água nos potes de Sum Paulo tá ligado ao desmatamento da Amazônia. A turma do machado, digo trator, desmata, por lá, bota uns bois peidando no pasto. E o resultado? Metano no ar e a água não infiltra no solo; o Rio Madeira dá enchente; o ar fica mais seco e o vento desloca pouca água pro estado de Vossa Mercê. Quer resolver o problema? Vai demorar e custar caro. Mas sem água, o que é que o Senhor, vai fazer, homem de Deus? Nem ganhar inleição, ganha. Então, fala com os empresários amigos do Senhor, manda o pessoal recuperar o que foi derrubado na Amazônia. Não basta muito, não. Deixa em paz a natureza que ela se recupera sozinha. Paga o pessoal de lá da Amazônia só pra ficar pastorando pra ninguém desmatar. E o Senhor vai ter muita água chegando aí em São Paulo. Preste atenção, pelamordeDeus, água não vem em cloud de internet, não! Vem de nuvem que tá lá em riba, mesmo. Água ainda bem barata o Senhor vai ter. Quer dizer, o Senhor não, os seus bisnetos, tataranetos, porque agora o jeito é caçar água do buraco da Cantareira pra jogar nos potes de mais cantareiras da periferia. O Senhor não conhece cantareira de pote, não? Dá um pulim aqui no Ceará que eu faço questão de mostrar pro Senhor um monte deles, tudo com gosto de água salobra.
Deus te abençoe!
George.

Mote:



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