sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Bolsonaro, sabiamente, afasta-se de Guedes,

exímio macaco em loja de louças, pra repetir a mesma estratégia petista, eleitoralmente perfeita durante doze anos dos governos Lula e Dilma.

Durante esta longa fase, monopólio de banqueiros e engodo de desenvolvimento, a renda dada ao paupérrimo o levou ao consumo de comida e dos bens brancos, geladeira, fogão, televisão etc tudo alavancado pelo preço alto das commodities pagas pela expansão chinesa, basicamente ferro e soja.

Assim, a economia brasileira aqueceu e o empresariado de cima, transfornados em meros importadores de bugigangas xing ling, não aderiu de peso às conspirações contra Lula.

Porém no governo Dilma, o preço das commodities declinou em rampa livre e fez a economia bater a biela, de tal sorte que a antiga guerrilheira, pra vencer as eleições do mandato II, precisou cometer estelionato eleitoral atraindo o pobre para uma armadilha plantada por banqueiros, tendo a baba bovina da classe média composta o grude, o liame do golpe.

De tal maneira que, mantidas as mesmas CNTPs, condições normais de temperatura e pressão, e se se mantiver a estratégia de alimentar a política socialmente justa, terá Bolsonaro longa vida, como teve o PT, até a classe média voltar-se contra a esfinge.

Ainda assim, esta classe, que pende sempre à direita, pois acredita  na meritocracia americana, na nobreza portuguesa e no jeitinho brasileiro, ao despertar o ódio contra Bolsonaro, buscará o arquétipo verde-oliva de Caxias na guerra do Paraguai; almejará a competência fantasiosa dos milicos na gerência do Brasil, exemplo cuja exceção foi Geisel. Competência limitada à caiação perfeitamente geométrica de meios fios eternamente brsncos; à fabricação de medalhinhas pra suas fardas; elaboração de discursos cheirando à naftalina e estórias da carochinha em que fígados de criancinhas são comidas por perversos comunistas.

A experiência bem vivida tem seu valor pra quem aproveita e como disse o poeta Fernando Mendes, "A sorte tem quem acredita nela".

Ciro é quem tá certo, ao tentar, num cavalo de pau, tomar conta da classe média latentemente revolta e garbosa nas camisas canarinhas 7 a 1 e bandeirolas verde amarelas de um patriotismo tosco e servil de colonizados, muros altos e concertinas ao alto.

Diante de uma "esquerda morango" posando de intelectualidade mofa e pureza inexistentes em si, acompanhada do espírito eternamente traíra do escorpião, essa esquerda é ruim companhia.

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