Enchente. Os últimos cocorotes da ilha ainda descobertos prenunciavam uma tragédia próxima. O escorpião vê o sapo e diz: "Companheiro sapo! O Senhor que sabe nadar, tem o espirito altruísta, alce-me às suas costas e leve-me a um local seguro". O sapo, velho conhecedor de escorpiões, respondeu: "Não. O senhor me ferroaria." O escorpião devolveu: "Por que cometeria tamanha insensatez? Se o ferroasse, morreria consigo pois nao sei nadar." O sapo meditou e tomou a decisão: "Sua resposta é racional. Suba. Eu o salvarei". E foram os dois: o sapo a nadar, o escorpião às costas do sapo. No caminho, o inesperado. O sapo é ferroado e, atônito, ainda ouve do escorpião: "Nao é racional ferroá-lo nesta hora, mas... é da minha natureza."
George Alberto de Aguiar Coelho
Escrito em 17.10.2003
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