Noite clara, branca noite
Da caatinga do sertão.
A lua da cor de prata
Ilumina e arrebata,
Vagalume e solidão.
Na imensa amplidão,
Do azul do céu leitoso,
Faíscam e caem estrelas,
Magia da natureza,
Cenário maravilhoso.
Num instante majestoso,
Toca a orquestra da floresta.
Sapo coaxa, grilo e jia.
Coruja espia e pia,
Agourando a seresta.
A natureza em festa,
Cheiro de mato no ar,
E a gente a papear,
Fumo de rolo a picar,
De cóc´ras no copiá
Da casinha de palhinha,
Alumiada ao luar.
Estórias que eu vi contar,
Com sopro no coração,
De sucuri arrochar,
De onça, boi marruá,
Lobisomem, assombração,
De Corisco a Lampião,
Na casinha de palhinha,
Lá no luar do sertão.
George Alberto de Aguiar Coelho
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