O sopro da criação
Vai formando, uma a uma,
Mil bolhinhas de sabão.
Tão pequenas, bem singelas,
São pintadas na aquarela,
Na esfera da amplidão.
Vida breve, perdição:
Estourando, uma a uma,
Ao primeiro esbarrão.
Caravelas na procela,
Pinceladas na aquarela,
Leves bolhas de sabão.
Todas elas passarão,
Morrem e vivem, uma a uma,
Frágeis bolhas de sabão.
Alegres, tristes e belas,
Surgem e saem da aquarela,
Desígnios da criação.
Dedicado à minha irmã
Sylvia Maria de Aguiar Coelho
George Alberto de Aguiar Coelho
Escrito em 26/01/2007
Sandra Maria de Aguiar Coelho
Aquarelas de 2007
Amo seus trabalhos!
ResponderExcluirAgora faço minhas as palavras de Germana: "Fico admirada como ele consegue arrumar o tempo dele e fazer tantas coisas, me diz: ELE DORME?"
Sandra Coelho
Obrigado, mas é completo exagero de vocês duas. No entanto,uso das palavras de Castilho, na tradução das Geórgicas de Virgílio, pra me explicar:
ResponderExcluir"Quisera abranger tudo,
E tudo me convida;
Mas o tempo é fugaz,
E curta e incerta a vida."
Antonio Feliciano de Castilho {1800 - 1875} na tradução das Geórgicas de Virgílio.