terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bolhas de Sabão

O sopro da criação
Vai formando, uma a uma,
Mil bolhinhas de sabão.
Tão pequenas, bem singelas,
São pintadas na aquarela,
Na esfera da amplidão.

Vida breve,  perdição:
Estourando, uma a uma,
Ao primeiro esbarrão.
Caravelas na procela,
Pinceladas na aquarela,
Leves bolhas de sabão.

Todas elas passarão,
Morrem e vivem, uma a uma,
Frágeis bolhas de sabão.
Alegres, tristes e belas,
Surgem e saem da aquarela,
Desígnios da criação.


Dedicado à minha irmã
Sylvia Maria de Aguiar Coelho

George Alberto de Aguiar Coelho
Escrito em 26/01/2007

Sandra Maria de Aguiar Coelho
Aquarelas de 2007

2 comentários:

  1. Amo seus trabalhos!
    Agora faço minhas as palavras de Germana: "Fico admirada como ele consegue arrumar o tempo dele e fazer tantas coisas, me diz: ELE DORME?"
    Sandra Coelho

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  2. Obrigado, mas é completo exagero de vocês duas. No entanto,uso das palavras de Castilho, na tradução das Geórgicas de Virgílio, pra me explicar:
    "Quisera abranger tudo,
    E tudo me convida;
    Mas o tempo é fugaz,
    E curta e incerta a vida."
    Antonio Feliciano de Castilho {1800 - 1875} na tradução das Geórgicas de Virgílio.

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