Ano da graça de 1841. E o Major foi quem pagou o pato. Sacada da casa por riba da Rua da Palma, esquina mais a das Flores. A mulher viu um lume na construção da frente e desconfiou:
- É bacamarte negando fogo, por Deus do céu, bora entrar Major!
Deu tempo não. Tiro veio certeiro, bem na testa do marido. Esperado que era vingança prometida. Major vinha mesmo era de sorte. Pelo menos que antes escapara de duas emboscadas. Uma foi na rua da Ponte, a outra, na praça Carolina. Duvide não Senhor... é só ver ele lá emparedado na igreja do Rosário com placa de homenagem e letra saudosa da esposa. Divulgue bem que o sucedido se deu na Rua Nova Del Rei que virou Rua da Palma e, bem mais tarde, Rua Major Facundo.
- É bacamarte negando fogo, por Deus do céu, bora entrar Major!
Deu tempo não. Tiro veio certeiro, bem na testa do marido. Esperado que era vingança prometida. Major vinha mesmo era de sorte. Pelo menos que antes escapara de duas emboscadas. Uma foi na rua da Ponte, a outra, na praça Carolina. Duvide não Senhor... é só ver ele lá emparedado na igreja do Rosário com placa de homenagem e letra saudosa da esposa. Divulgue bem que o sucedido se deu na Rua Nova Del Rei que virou Rua da Palma e, bem mais tarde, Rua Major Facundo.
Adispois que declararam D. Pedro maior de idade, o Major foi o primeiro presidente da província do Ceará. Coisa de causar inveja muita no Partido Conservador que dava as cartas antes, na regência do Feijó. Negócio que a Assembléia inchou contra o Major arrochando o presidente da Casa, Castro e Silva, que aliado ele era do Major. Reclama disso, daquilo, têtêtê, tititi, tátátá... Buliram de tudo. O Presidente, escorrega daqui, alisa ali, feito bicho ensebado arranjando prumo. Aí veio uma votação perigosa pro seu lado. Teve conversa não. Mandou botar tártaro nas quartinhas d´água da Casa e cochichou pros Liberais:
-Tomem dessa água não, meu povo, deixa pros coisa ruim.
Foi caco de deputado Conservador inutilizado das tripas que deu de desconfiar da natureza justa da refrega. Burburinho só:
- Os Liberais envenenaram a Assembléia.
Entonce que o manda-chuva do Icó, Zé Agostinho, coronel de milícia afamado, foi um dos que tomou da água batizada pelo Castro e Silva: mijou sangue e entrevou dos quartos. Sem outra serventia, que o homem era reimoso, Zé Agostinho, morre não morre, estirou-se numa rede carregada por jagunços dele e se mandou pras bandas do Icó aventurar cura. Conta a história que, na travessia, o Coronel, passou pelo sítio Curió, na Paupina, e prometeu ao dono, bisavô do escritor Gustavo Barroso:
-Tomem dessa água não, meu povo, deixa pros coisa ruim.
Foi caco de deputado Conservador inutilizado das tripas que deu de desconfiar da natureza justa da refrega. Burburinho só:
- Os Liberais envenenaram a Assembléia.
Entonce que o manda-chuva do Icó, Zé Agostinho, coronel de milícia afamado, foi um dos que tomou da água batizada pelo Castro e Silva: mijou sangue e entrevou dos quartos. Sem outra serventia, que o homem era reimoso, Zé Agostinho, morre não morre, estirou-se numa rede carregada por jagunços dele e se mandou pras bandas do Icó aventurar cura. Conta a história que, na travessia, o Coronel, passou pelo sítio Curió, na Paupina, e prometeu ao dono, bisavô do escritor Gustavo Barroso:
- Dessa bem certo que não escapo, não; mas o Facundo também se acaba.
Sucedeu que se findou o Major Facundo, escapou o Coronel Zé Agostinho e os Conservadores voltaram ao poder.
Serene aí Seu Ministro que beirou o fim dessa história, mas tem mais outras, o que é de trás vai pra frente, feito bola rolando. Vosmicê quer água de pote? Seu criado aqui traz um caneco. Quer não? Por que não, home de Deus?
Sucedeu que se findou o Major Facundo, escapou o Coronel Zé Agostinho e os Conservadores voltaram ao poder.
Serene aí Seu Ministro que beirou o fim dessa história, mas tem mais outras, o que é de trás vai pra frente, feito bola rolando. Vosmicê quer água de pote? Seu criado aqui traz um caneco. Quer não? Por que não, home de Deus?
George Aberto de Aguiar Coelho
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