quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Os malacas do primeiro-mundo


Lembrando o furto de quadros recente do MASP - Museu de Arte de São Paulo, a gente pensa que essas coisas de marginais só existem no Brasil, que somos incompetentes pra combatê-los etc. Não se lembra, por exemplo, que os quadros do MASP foram recuperados eficientemente pela polícia: O Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso e O Lavrador de Café, de Portinari. Porém, quando algo de terceiro-mundo, palavra composta que gostamos de pronunciar porque até há pouco, quando não fazíamos parte dos BRIC´s éramos, brasileiros, vistos assim e assim nos víamos. Pois bem, quando algo de terceiro--mundo ocorre aos países primeiro-mundistas, dá pra sacar que o complexo de vira-latas, evocado como nosso modo de sentir canino, pela primeira vez, por Nelson Rodrigues, ao ver o comandante Bellini levantar a taça Jules Rimet de 1958; o complexo de vira-latas dá uma refreada. Aí podemos sentir que não somos só nós que convivemos com a esperteza dos malacas. Nossos colonizadores também tem os malacas deles. 
George Alberto de Aguiar Coelho

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