sexta-feira, 11 de abril de 2014

Os 67 fodões

67 pessoas no mundo detêm o tanto de riqueza que a metade da gente do planeta. Como a população mundial está em torno de 7 bilhões de pessoas, então os 67 têm a riqueza de 3,5 bilhões de outros entes humanos. Ou seja, cada uma dessas almas afortunadas vale igual a 52 238 806 das outras almas penadas. Quem entra no lero do capitalismo da mão invisível explica logo, seguinte: isso é competição justa; uma delas é, por exemplo, 52 milhões de vezes mais inteligente, ou mais trabalhadora, ou mais esperta do que as outras. É coisa da mão invisível e justa do Adam Smith.

E a situação tá piorando. Em 2013, segundo o link abaixo, a proporção era de 85 para os mesmos 3,5 bi de gente. O FMI e o Banco Mundial dizem que se preocupam com as cifras. He! he! he! Me engana que eu gosto! Ora, ora, gente boa! Os dois órgãos são os maiores sustentáculos da mega-plutocracia mundial e sua estrutura de poder; são os guardiões dos orçamentos ortodoxos famélicos pra saúde, educação etc. Coisas pro povão? degola. As políticas dessas instituições de redução da despesa pública, desalienação tributária pros grandes trustes, superávits primários pra distribuição de grana às parcas famílias que se lambuzam com o bolsa juros fodem qualquer país besta que siga suas receitas. 

Não é pra menos, pois quem as ditam, as receitas ortodoxas, são justamente as 68 pessoas, ou prepostos destas, que detêm riqueza equivalente aos 3,5 bi da metade de pessoas do planeta. A velha estória da raposa tomando conta das galinhas. E ainda espalham e muita gente repete a velha cantiga de grilo: bolsa-família é coisa de vagabundo! Fala sério, brother! Receber R$ 200,00, R$ 300,00 pelo estado de inanição é fazer papel de vagabundo? Ou são os verdadeiros vagabundos alguns dos 67 fodões da estorinha?
George Alberto

2 comentários:

  1. É isso mesmo George. Tão claro, tão evidente, mas tem gente, infelizmente muitos nossos amigos, que não enxergam. A propósito, essa publicação foi removida do facebook. Foi intencional?

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  2. Zé Ivo, a publicação não foi removida, não. Às vezes, no conserto de algum erro, ou uma frase mais abundante que corto, atualizo a publicação. Num momento desses, se alguém estiver lendo-a, pode soar como se a publicação estivesse suprimida.

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