Faleceu em 10/09/2012, Aírton
Monte. Não o conheci. Esclareço: pessoalmente não; mas de suas
crônicas, sim. Sempre que lia o jornal O Povo, uma das partes minhas preferidas
eram as crônicas de Airton Monte. Um psiquiatra que não tinha vergonha de chorar e mostrar suas fraquezas e amarguras, demasiadamente humanas. Airton sempre falava no pai -
falecido há uns 3 anos - nas lições filosóficas de vida que aprendera dele. O Solar dos Montes, situado na Gentilândia sombreada de mangueiras frondosas, era o palco preferido de suas recordações. Nos seus escritos no jornal O Povo, Airton
dava verdadeiras aulas da psicologia humana e do contemplativo viver o
essencial. Crônicas repletas de
simplicidade e sabedoria onde, a exemplo do livro de Erasmo de Roterdã, deixava transparecer sutis elogios à loucura
humana. Loucura na sua forma mais branda, se é que loucura tem forma branda.
Se de loucos, médicos, treinadores de futebol, todos nós temos um pouco, Airton não era exceção. E parecia exacerbar tais qualidades humanas, quando, pela coragem em expô-las, as tinha como suas.
Se de loucos, médicos, treinadores de futebol, todos nós temos um pouco, Airton não era exceção. E parecia exacerbar tais qualidades humanas, quando, pela coragem em expô-las, as tinha como suas.
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