O certo é que Niemeyer retornava do exterior na época dos milicos e foi - não sei em que local, nem por quem - inquirido por coturno de alta patente, sobre a origem do dinheiro que aparentava ter na ocasião. Talvez por ser Niemeyer amigo e mecenas do Luis Carlos Prestes, muito ligado aos soviéticos, o coronel - digamos que essa era a patente do distinto salvador da pátria - perguntou de onde vinha a grana do arquiteto, alimentando a ideia da origem vermelha do dinheiro.
Uns dizem que Niemeyer respostou "pei bufo" ao coronel: "Dando o c-". Outros, que a resposta não foi assim tão escrachada, não, mas de bate-pronto também: "Rodando bolsinha em Paris". Seja de um jeito, seja de outro, foi assim que Niemeyer satisfez a curiosidade do seu inquisidor.
George Alberto
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