Hoje, 15/10/2013, Dia do
Professor, posto uma reflexão de Paulo Freire, escrita em 1968. Diante das
manifestações que retornaram as ruas do Brasil, desde junho deste ano, e ainda nos últimos dias sacodem
as estruturas arcaicas da nação brasileira, inclusive hoje nas
ruas do Rio de Janeiro, com a participação ativa dos professores, o texto do
educador Paulo Freire é tão atual quanto era em 1968.
“Os movimentos de rebelião,
sobretudo de jovens, no mundo atual, que necessariamente revelam peculiaridades
dos espaços onde se dão, manifestam, em sua profundidade, esta preocupação em
torno do homem e dos homens, como seres no mundo e com o mundo. Em torno do que e de como estão sendo.
Ao questionarem a “civilização do consumo”; ao
denunciarem as “burocracias” de todos os matizes; ao exigirem a transformação
das universidades, de que resultem, de um lado, o desaparecimento da rigidez
nas relações professor-aluno; de outro,
a inserção delas na realidade; ao proporem a transformação da realidade mesma
para que as universidades possam renovar-se; ao rechaçarem velhas ordens e
instituições estabelecidas, buscando a afirmação dos homens como sujeitos de
decisão, todos estes movimentos refletem
o sentido mais antropológico do que antropocêntrico de nossa época.”
Paulo Freire. Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra Educação
17ª. Ed. 1987. p. 29
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