O poeta e radialista da Prata-Pb, Simorion Matos, bebia e cantava num bar com o poeta Joaquim Vitorino. Entra então uma morena arretada de bonita. Simorion se empolga e larga uns versos:
Se essa morena bela
Um dia me desse um sim
O que pertencesse a mim
Eu dividia com ela
Minha D20 amarela
Meu alazão corredor
O armazém, o trator
O engenho com as moendas
Eu dava até a fazenda
Em troca do seu amor
Mais modesto, Joaquim Vitorino arresponde:
Não posso lhe oferecer
Casa bonita, nem carro
Tem só um prato de barro
Pra nele a gente comer
Um pote pra nós beber
Água saloba e ruim
Por diversão, um saguim
Pendurado na janela
Quem sou eu, morena bela,
Pra você gostar de mim?
George Alberto de Aguiar Coelho
Fonte:
Normando Vasconcelos. Cantiga de viola.
Arte*Digital&Século OM - Maceió-Al, 1996, p. 287.
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