A seguir, uma adaptação que fiz da reportagem de Gregorio Belinchón para
o El Pais sobre um documentário de ex-participante da banca financeira da
Alemanha, Rainer Voss.
O próximo a perigar na zona do euro será a França. Quem diz isso? Rainer Voss, ex-executivo da banca alemã. Em Master ofUniverse mostra como se chegou à recente crise financeira mundial sob um ponto de vista único, a de um poderoso trabalhador de um banco de inversões. Voss tem 55 anos e trabalhou 20 anos no Deustche Bank, deixando-o em 2008.
“Criamos inovações financeiras. Logramos que a
economia real se subordinasse à financeira. E sobretudo se desregulou o
livre mercado. Não te enganes: não existe o livre mercado. Se a crise é culpa
da desregulação? Não. De princípio, é só um pré-requisito."
Voss, além de aprender a falar inglês
fluentemente, ganhou muito dinheiro:
“Claro que sabíamos que iria haver a guerra no
Iraque...”.
“E fácil ganhar milhões com minúsculos movimentos
de preços. Se tens milhões de euros para investir, só necessitas que o preço
varie 0,0001% para obter grandes benefícios...Há um velho ditado: os inversores
menores sempre perdem... é como jogar na roleta”.
Recorda:
“Há umas duas décadas, uma ação ficava uns 4 anos
nas mãos de um dono. Hoje fica em média 22 segundos.”
O que pode fazer um cidadão comum?
"O abatimento é um sentimento estéril.
Enfada-te, levanta-te, protesta como o Occupy Wall Street, escreve a teus
políticos."
Em verdade a gente de Bruxelas é inteligente,
competente. Por que não controlam o sistema financeiro?
"Bom, é como se quisesses tirar o ar de um globo e
só tens uma agulha. Não queres papocar o globo, seria uma catástrofe."
Fonte:
http://cultura.elpais.com/cultura/2014/05/09/actualidad/1399652660_734955.html
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http://cultura.elpais.com/cultura/2014/05/09/actualidad/1399652660_734955.html
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