sábado, 12 de janeiro de 2013

A linha caiu

Quando falava das privatizações, ou melhor privatarias - porque feitas a preço de banana e sem compromisso com o país - da época do FHC, muitos contradiziam mencionando o que se fez no que tange às concessionárias de telefones. Que foi uma beleza não sei o quê mais. Conversa pra boi dormir. Da forma que foi feita, se fez foi muito mal ao Brasil. A Teleceará, como outras concessionárias públicas de antes das privatizações, por exemplo, era empresa que contratava engenheiros e técnicos da melhor qualidade, dando-lhes oportunidades pra desenvolver tecnologias de ponta que serviriam ao Brasil economizando remessas de royalties pro estrangeiro. 

Foi assim que surgiu o Bina, aparelho que reconhece ligações telefônicas, criada por um gênio brasileiro, Nélio José Nicolai, e ainda hoje usado em todo o mundo, estando o seu inventor, provavelmente por ser brasileiro, ainda na luta árdua de receber os devidos royalties, mesmo daquelas companhias que foram agraciadas de mão beijada pelos lucros fabulosos cedidos pelo bico da privatização tucana. Ressalto que os atendimentos ao público na época da citada Teleceará eram feitos de forma personalizada, respeitosa e eficiente. Hoje as concessionárias de telefones no Brasil são as recordistas em reclamações no DECOM (de nada adianta se reclamar à ANATEL) e respondem reclamações com gravações insossas e imbecis. 

Quanto a mão de obra, tais empresas só contratam, quase que exclusivamente, operadoras de call-centers. Mais ainda, o que a privatização, feita por esse Senhor que a mídia tenta ressuscitar politicamente hoje, fez; pois bem, tal privatização o que fez mesmo foi entregar gratuitamente o gigantesco mercado brasileiro a empresas estrangeiras, a troco de nada. Resultado disso, até hoje, nem sequer temos uma marca de telefone/smartphone nosso. Enquanto isso, a Coréia detêm 33% do mercado mundial de smarthfones. Bip, bip, bip...a linha caiu.

George

Mote:

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1221060

Um comentário:

  1. Tenho vários amigos na ANATEL, mas infelizmente essa agência (e as outras também) defende muito mais as operadoras do que o usuário ou a sociedade como um todo.

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