Vaquejada e tourada, a diferença é que, na última, o touro sempre morre lanceado. A perversidade reina em ambas, camuflada com divertimentos. E os nossos nobres deputados, com tanta coisa importante pra pensar e legislar, seca medonha, só pensam no próprio umbigo. O jornal dá notícias que muitos tem interesses pessoais nas vaquejadas, aliadas às bandas ditas de forró (?). Porém, gente boa, não é bom confundir vaquejada com esporte. Nos tempos da era do couro, no Ceará, os vaqueiros corriam sozinhos atrás dos bois pro aparte, pra ferra, pra curar bicheiras e levá-los ao curral. A competição entre boi e vaqueiro era mais próxima da justeza. O vaqueiro tinha de entrar na caatinga espinhenta e pedregosa, o boi fugia num espaço sem limites. Ocorria do boi quebrar uma perna, mas o vaqueiro era acometido dum braço partido, de vazar um olho no espinho, uma ferpa no coração etc. Hoje, o camarada monta um cavalo com uma segurança grande; se duvidar, tem UTI esperando um sucesso; tão ensaiando até o uso de motos. E o ser humano ainda se diverte com essas atrocidades.
George Alberto
Mote:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1224842
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