Viajei pouco, mas o bastante pra mim chegar a conclusões a respeito do viralatismo de muitos brasileiros. Uma única vez fui pra Europa: Paris e Londres, belezas de cidades. Mas tem uma coisa ou coisas nos entretantos da viagem. Em Paris tem, e não são poucos, garçons muito grosseiros. Francês bota pão enrolado em uma tirinha de papel por baixo do sovaco. No dia em que eu fui ao Louvre, tinha alguns sanitários imprestáveis, sujos de dar nojo. Depois, levei um tranco de dois caras no Metrô de Paris, quase que me arrebento. E um deles levou minha carteira. Nunca aconteceu isso comigo no centro de Fortaleza.
Em Londres, comprei, com antecedência, eu e minha esposa, ingressos pra assistir uma peça teatral no Piccadilly Circus. Quando cheguei pra assistir a peça, um rapaz, nem sorridente ele estava, disse: I'm sorry, que em bom inglês é o mesmo que Je suis desolée em francês. Ou seja, te vira, macho! Pois bem, o inglês da portaria disse não ser possível entrarmos porque justamente nas cadeiras onde tínhamos comprado o ingresso havia uma coluna em obras. Devolveu a grana e repetiu outro I'm sorry burocrático.
Quanto ao roubo feito contra mim no abarrotadíssimo Metrô de Paris, de certa forma, fiquei tranquilo porque a polícia parisiense daria uma solução, afinal em país de primeiro mundo tudo é filmado e garantido. Filmado e garantido porqueira nenhuma! Fui â Prefecture du Paris, orgão que recebe os BO´s - Boletins de Ocorrências deles. Pra começar, o local estava bem longe dos trinques que eu esperava de uma polícia francesa. Na verdade, estava ligeiramente em frangalhos. Longe da qualidade de quaisquer dessas agências de polícia que temos hoje na capital de Fortaleza.
Fiz o tal boletim e perguntei a moça bonita, bonita ela era mesmo, se teria uma solução para o caso, a devolução dos meus documentos etc. Sabe o que foi que a moça bonita francesa me respondeu? Je suis desolée, Monsieur!
George Alberto
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