Eu era um ateu e talvez ainda seja
Não sei se há um só Deus, ou se há vários
Mas eu sei que os sentimentos bons vicejam
Mesmo que hoje em dia nos pareçam raros
Há fatos na vida extraordinários
O cão que vê coisas e as sente no faro
O medium que empresta a voz pros não vivos
A cruz em que Jesus sofreu no calvário
Fiquei capaz de rezar numa mesquita
Em sinagoga, museu ou livraria
Viver lutar com esperança e maestria
Compreender a dor duma alma aflita
E ao chegar a hora da grande viagem
Romper das células que os vermes as comem
Vou sair ou acabar numa miragem
Sinapses da vida que no túnel somem
George Coelho
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