quinta-feira, 14 de maio de 2020

General Ernesto Geisel

Nenhum desses militares de hoje calça o coturno dum general gaúcho Ernesto Geisel. Nenhum desses onze Juízes da Corte de hoje veste a toga dum ministro parnaibano Evaristo de Moraes. Se Geisel ou Evaristo de Morais se defrontassem com um tipinho insosso como Bolsonaro, o prenderiam seja pela força das armas, seja pela fôrça das leis. Vivemos numa época de falta de autoridade o que resulta em perigoso autoritarismo.

Pelo assassinato do jornalista Wladimir Herzog, Geisel afastou o general Ednardo D'Ávila Mello,  linha-dura, do comando do II Exército, a quem o DOI-CODI, onde ocorreu o "suicídio" era subordinado. Depois, na.tentativa de golpe no golpe, em outubro de 1977, exonerou o ministro do Exército Silvio Frota e, assim, permitiu que o seu sucessor, João Batista Figueiredo, procedesse a abertura política. Sem Geisel, a ditadura iria bem mais longe e muito mais truculenta. Há umas gravações de curtas metragens contra ele feita pelos americanos, sujeita a interpretações bipolares.

Geisel abriu canais diplomáticos com a China de Mão Tse Tung, mostrando o quanto  preservava a soberania do Brasil e sua visão de futuro. Praticamente em seu governo construiu-se a Usina de Itaipú. 

Pra mim, que sou ateu, Geisel era um luterano, filho de pastor alemão, fiel aos princípios religiosos de família. Claro que teve erros, mas era um nacionalista de mão cheia. Dois maiores presidentes do Brasil foram ditadores e gaúchos: Getúlio  Vargas, civil e Ernesto Geisel, militar.

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